segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Earth Song - Michael Jackson

O clima é de conferência sobre as mudanças climáticas em Copenhague.

Lá, o futuro do planeta está em discussão e sabemos que, geralmente, não sai qualquer coisa objetiva sobre o uso sustentável dos recursos do nosso planeta...

Mas recebi o vídeo abaixo e gostaria de compartilhar com vocês. Tá rolando uma mentira de que ele foi censurado nos EUA, etc. Não caiam nessa, pois esse clipe concorreu ao GRAMMY em 1997.

O vídeo fala por si. Está legendado.



Abraço!

Tchê

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Requebra...Requebra...Assim!

Tava dando uma xeretada no Orkut de um brother e vi no álbum de fotos uma lista de capas de vinil dos anos 80... Que saudade dos anos 80! O Paralamos com seu O Passo do Lui, o Titãs com o inesquecível Cabeça Dinossauro e o Barão com o emblemático Maior Abandonado.

Me deu até vontade de começar a escrever um blog nos anos 80! Mas já passou...

Por isso, hoje resolvi escrever de música. Música baiana, é claro!, e dos anos 90.

Antes do movimento GeraSamba, já descrito em outra postagem, o Olodum era o grande criador de coreografias. A maioria vinda de movimentos negros, provavelmente com origem no Candomblé, que apresentavam forte influência africana.

Quem não se lembra dos movimentos de braços vindos com a música " Jogou sua rede/Oh pescador/Se encantou com a beleza/Deste lindo mar" que alguns anos depois Marcia Freire fez questão de estragar?

Mas uma coreografia em particular marcou os anos 90: O Requebra.

Todo mundo se aventurava nessa coreografia. Turistas (especialmente os gauchos..eheh) adoram 'requebrar' e pagavam micos indescritíveis.


Na verdade, pouquíssimas pessoas tinham a manha do requebra, mas o dedinho pra cima era o que mais se via quando essa pérola começava a tocar.

As avantajadas de culote chegaram a causar alguns acidentes nas lavagens e ensaios até que os desavisados conseguissem perceber que deveriam manter uma distância de segurança...

Na parte do "Embaixo..Embaixo..Embaixo..OHOH...' quantos ficavam por lá mesmo! E a rua do meio, lembra como ficava quando começava a tocar o Requebra?

Todo verão tinha uma dança que marcava. Depois vieram as cordinhas e garrafas e acabou a magia das coreografias.

Abraço!

Tchê

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Copa de 94. É Tetra!!!!


No último dia 17/07 comemoramos 15 anos do tetra da seleção brasileira.

Aquela copa foi muito especial, apesar da narração do Galvão Bueno!

Há 24 anos o Brasil não conquistava o título mundial e a expectativa era grande. Tá certo que o técnico Parreira gerava muita desconfiança com o que ele chama de futebol eficiente, mas o grande problema não era a nossa seleção...
Pelo caminho encontraríamos a muito forte seleção holandesa e a sempre 'pericolosa' seleção italiana. Meu bisavô que me perdoe, mas ganhar da Itália só não é melhor que ganhar da Argentina...
O caminho até a final ainda teve um jogo histórico com os EUA, que pensei que desandaria nossa maionese depois da tentativa de assassinato do lateral/meia esquerdo Leonardo no americano.
A copa é um evento muito interessante por si só e em 2014 teremos a oportunidade de vermos tudo de perto, se nossos governantes deixarem, claro! Mas na Bahia tem que ter resenha.
Naquele ano orgnizamos a tradicional excursão de São João, destino: Amargosa.
O esquema era o mesmo de sempre: uma casa, 860 pessoas, 1 banheiro, etc
Confusão da peste! Chegamos lá com camisa personalizada e tudo mais...
Banho era coisa rara, assim como um colchão que não estivesse sujo de areia ou lama.
A galera bebia da hora de acordar até a hora de dormir, claro, quando dormia, e só se encontrava na hora do jogo.
Tão marcante quanto o São João, foi a resenha dele...
Isso é pratica comum aqui na Bahia! As pessoas passam alguns dias juntos (feriado, fim de semana, etc), querem se matar, nos momentos finais nem conseguem mais ouvir a voz do outro e depois ainda marcam para se enontrar e fazer a resenha dos dias que passaram juntos...
Amizade é coisa da Bahia!
Nos encontramos no Aladin para assistir o jogo, das 30 pessoas que tinham ido à Amargosa, umas 10 compareceram. Justamente as que tinham mais o que se envergonhar das coisas que fizeram na viagem. ehehe
Durante o jogo, muita tensão e gritaria. Ninguém ouvia nada, só as vuvuzelas (que aqui sempre foram conhecidas como cornetas, mesmo!) e a opinião de todos os técnicos que estavam no local.
Jogo ganho nos penaltys e começou o bom e velho boato soteropoitano...
- Vai ter 30 trios na Barra e o Chiclete vai tocar!
Logo em seguida:
- Tá vindo um trio!
- É o Chiclete?
- Não, Banda Acadêmicas...
Tome ligante, capeta e afins quando alguém avisava:
- Tá vindo outo trio! Tá cantando 'Simbora Amar, Simbora mais eu'
- É o Chiclete?!??
- Não. É a Cátia Guima...
E nisso a noite avançou e o Chiclete, se apareceu, eu já nem lembro mais.
Depois veio aquela decepção de 98 que acabou com a magia das finais de copa em Salvador, mas isso fica para outra postagem.
Abraço!
Tchê

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Twister

Quero iniciar essa postagem pedindo desculpas pela falta de novos assuntos nas últimas semanas.

Foram vários os motivos, entre eles a espera de material 'das antiga' que me prometeram...

Mas essa retomada será inesquecível! Vamos falar do Twister....

Certamente muita gente nem ouviu falar desse simpático misto de boate e bar que existiu no Rio Vermelho (nada a ver com o atual Twist que existe por lá). O pico era do tipo intimista-baladeiro:

- Lugar escuro
- Obras do Bel Borba na parede
- Balcão com prateleiras espelhadas e iluminadas
- Drinks sendo feito com acrobacias
- Mesas espalhadas pelo salão
- Palco ao fundo

Aliás nesse palco, surgiu a banda Penélope Charmosa, que nem sei onde foi parar.

Ali rolavam várias atrações, de luta do Mike Tyson (teve uma que a galera ficou biritanto até umas 3h da manhã esperando a luta, que durou menos de 10s) à apresentação de Dança do Ventre em cima do balcão.

Aliás, nem me lembro o que promoveu o movimento de Dança do Ventre na década de 90, mas tenho certeza que veio da Globo.

O Twister era um lugar bacana, arrumado e bem frequentado, que a gente sabe que não tem vida longa na capital baiana. Ficava atrás do antigo Teatro Maria Bethania, hoje uma churrascaria (melhor do que bingo!) e dividia o imóvel com o Black Jack (casa de video poker).

Segue um registro do Twister. Alguém consegue identificar quem é quem???


Abraço!

Tchê

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Por que eu sou Bahia

Desde que cheguei na Bahia em 1991 sempre deixei claro que meu time do coração é o Internacional de Porto Alegre.

Nunca escondi de ninguém, nem teria motivos para isso. Afinal sou campeão de tudo e um dos poucos grandes do país (soma-se ao colorado: Cruzeiro, Flamengo, São Paulo e Santos) que nunca pisaram o solo da segundona do campeonato brasileiro.

É verdade também que aqueles que me conhecem há menos de 15 anos têm certeza que sou um torcedor ferrenho do tricolor baiano, mas o que poucos sabem é que até 1993 eu não torcia para o Bahia nem para o Vitória... Era uma espécie de torcedor neutro, que não combina com minha personalidade, e não tinha me decidido pelo Bahia devido a um motivo óbvio: a perda do título de 88.

Aliás, isso é uma coisa que poucos entendem... Como um torcedor do Inter pode ser Bahia??!?
Sempre disse que a razão é o fato de o Bahia ser o time do povão, mas isso é a simplificação da resposta... Tanto que não torço nem pelo Flamengo e tão pouco para o Corinthians (apesar da presença do fenômeno por lá).

A verdadeira razão, que demoraria muito tempo de explicação, está na final de 1993: Vitória e Palmeiras na eterna e saudosa Fonte Nova!


Nessa semana recebi um e-mail dizendo que todo torcedor do Vitória é um pouquinho Bahia. Veja o artigo na íntegra em http://www.baheaminhaporra.com/2008/12/pode-ter-certeza.html ).

Mas voltemos à resenha... Naquela época eu morava na Graça e tinha um vizinho (ex-colega do Social e um dos torcedores do vice mais chatos que eu conheço) que sabia dessa minha vulnerabilidade clubística na Bahia e me convidou para esse jogo.

Saí de casa à paisana (sem camisa do vitória, claro!) e fomos andando da Graça até a Fonte pela Av. 7 - Nazaré até chegar na Fonte. O trajeto normalmente de 30 min. levou umas 2 horas. A cada boteco uma parada, com cerveja e confraternização muito moderada, nada comparado à da torcida do Bahia.

Entramos na Fonte por volta das 14h e ficamos na torcida do vice onde ficava a Bamor (eu sempre desconfiei que eles tinham vontade de ficar por ali). A briga pela cerveja era uma verdadeira guerra. Naquela época na Fonte ainda existia a separação da superior e inferior e era comum ver a galera pulando ou escalando de um andar para o outro.

Quando começou o jogo eu tava muito mais irritado pela falta de bebida e pelo aperto do que bebum, mas de repente uma garrafa de água mineral (daquelas de 1,5l) com a boca cortada apareceu do nada na minha mão. Nem pestanejei, precisava me embriagar logo, dei uma golada (a cachaça desceu rasgando!!) e passei adiante.

A tal garrafa já estava uns 5 caras à minha direita quando um banguela, uns 10 caras à minha esquerda, gritou: '- Ô sacana, onde tá minha cachaça?' Me fiz de desentendido e o cara saiu correndo no meio da multidão procurando a pinga dele. Nem sei se encontrou, pois pela potência, se não foi bebida, evaporou em 5 min.!

O jogo transcorreu e o gol do Edilson fez muita gente misturada na torcida vibrar. Aaha! Cheio de tricolor escondido e misturado na torcida do vice... Depois disso o clima de funeral se instalou.

Ao final do jogo a torcida do vice já tinha jogado a toalha... Não tem como virar esse jogo em SP, o jogo foi no Morumbi, com o time que o Palmeiras tinha (Evair, Edmundo, Roberto Carlos, Zinho e cia).


Tá certo, era um timaço, mas se fosse o Bahia no final dessa derrota ao invés de aplausos, como aconteceu, se ouviria: '- Ah! Eu acredito!'

O trajeto de volta foi patético... Um monte de rubro-negro chorando pelo centro antigo enquanto vários bares torcedores do 'Palmeiras' comemoravam o título ao som do hino do Bahia.

E assim eu virei Bahia... Lógico, não?

E você, ainda é torcedor do vice? Tá esperando o que?

Abraço!

Tchê

terça-feira, 5 de maio de 2009

Micareta de Alagoinhas

Essa postagem vem com um pouco de atraso, pois estava esperadno o fim da micareta de Alagoinhas, que agora deixou de ser micareta e se chama ALAFOLIA, para receber (lá ele!) dados atualizados da mais recente folia na terra da laranja.

Isso mesmo, eu conheço gente que foi para a micareta, ou melhor, ALAFOLIA este ano!
Moon-ha e Highlander marcaram presença e trouxeram o relato atualizado.

Alagoinhas é um município localizado no leste da Bahia e possui área é de 734 km² e possui uma população em torno de 15o mil habitantes. Faz fronteira com varias cidade, entre elas Catu, ponto de partida da galera que saía de Salvador para a sempre hospitalar (em Catu ou na Ribeira) casa de Vera e Vladimir.

O nome da cidade se deve aos rios Sauípe, Catu, Subaúma e Quiricó, às lagoas e córregos existentes na região. E assim sua água é considerada de excelente qualidade, sendo uma de suas maiores riquezas, e que faz parte do aqüífero que vai desde Dias d'Ávila a Tucano.

Mas vamos à resenha...

A micareta rola como hoje com vários blocos e bares e a rua da pousada continua a mais bem frequentada.

Ali se encontrava a nata da região (Alagoinhas, Catu, Pojuca, São Sebastião, etc) e, claro, onde rolava a paquera. Os nativos da região sempre com o figurino clássico; calça e camisa com uma etiqueta em grande mostrando a marca e sapato da hora... A galera do interior vai pro carnaval com roupa de ir na missa até hoje!

Ficavam ali na quela conversa mole tentando descobrir quem tinha sido prometida pela família até chegar a chinelagem da capital... Na maioria das vezes calça velha, tênis escalifado e camisa sem marca e surrada da cana que rolou desde cedo.

Certa feita, no meio de uma manguaça dessas, alguém descobriu que tinha um poste dando choque. A partir daí, começou uma das coisas mais inconsequentes que já participei; foi formada uma corrente humana com um cara com a mão no poste e o último da fileira ficava pegando nas pessoas que passavam para dar choque!

Na outra algum imbecil deu a sugestão: quem pegar a mulher mais feia não pagfa birita hoje... Participar de uma dessas apostas é tão inexplicável quanto a razão de abrirmos a boca para pingar colírio no olho... Mas uma coisa eu tenho certeza, a vendedora de queijo assado deve ter ficado 1 semana sem dormir. Depois eu soube que ela teve uma infecção generalizada, mas se curou e hoje vive suspirando pelas ruas da cidade....


Foi durante uma micareta de Alagoinhas em que nosso saudoso Senna morreu. A festa continuou, mas a alegria daquele dia era diferente.

E você, já se aventurou pela terra da laranja?

Abraço!

Tchê

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mamonas Assassinas: início e fim, sem meio.


Talvez esse tenha sido o maior fenômeno musical surgido no Brasil.

Pode ser questionado o legado cultural deixado ou que nenhuma letra do Mamonas Assassinas fazia a pessoa pensar ou mudar sua atitude, mas ninguém pode negar que sua música era diversão pura.

A História..

Em março de 1989, Sérgio Reoli conhece Maurício Hinoto, irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o irmão, que toca guitarra.

A partir daí, Sérgio conhece Bento e decidem criar uma banda. Na época, Samuel, irmão de Sérgio, não era "ligado" na música, preferia desenhar aviões. Mas, de repente, se envolveu com a música e começou a tocar baixo.

Sérgio, Samuel e Bento, então, formaram uma banda de rock chamada Utopia, especializada em covers de grupos como Legião, Titãs e Rush.

Em um show, o público pediu para tocarem uma música dos Guns n'Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Dinho voluntariou-se para cantar, em meio a vaias e com sua performance escrachada fez o público rir, sendo aceito no grupo. Julio Rasec, por intermédio do vocalista Dinho, foi o último a entrar em Utopia.

O Utopia passou a apresentar-se na periferia de SP e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Começaram introduzindo algumas parodias musicais, com receio da aceitação do público.

Através de um show em uma boate em Guarulhos, conheceram o produtor Rick Bonadio e decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, "Mamonas Assassinas do Espaço", criado por Samuel Reoli e reduzido para "Mamonas Assassinas".

Mandaram uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos", "Robocop Gay" e "Jumento Celestino" para 3 gravadoras, entre elas a Sony e a EMI.

Após gravar um disco, os Mamonas saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô, Faustão, Xuxa, Gugu e tocando cerca de 8 vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, R$50 à 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 100 mil cópias a cada dois dias.

Eu conheci o Mamonas no Skol Rock em Blumenau em 1994, evento paralelo à Oktoberfest, e tive a sensação de que aqueles caras vestidos de mulher e super-herói iam fazer sucesso.

Quando cheguei em Salvador comentei com a galera sobre a banda e mostrei o cd que tinha comprado durante o evento. A opinião de todos foi a mesma; os caras faziam uma somzeira com umas letras que não valiam nada, mas que a gente gostava de ouvir (e rir).

Logo depois, assim como no Brasil inteiro, o Mamonas virou febre em Salvador. Era época em que bombavam (na época essa expressão não existia) picos como o Miau (teremos uma postagem sobre ele), Kombi 4 Rodas, Mercado do Peixe, etc e era comum encontrar nesses lugares carros com a mala aberta e as músicas do Mamonas ecoando em diversos carros diferente.

Uma coisa tem que ser lembrada; naquela época não existia mp3 (emule, kazaa, etc) e tão pouco cd pirata. Como o Mamonas só tinha lançado um disco (e ficou somente nesse mesmo), todos ouviam a mesma gravação, com as mesmas músicas.

Por causa disso, 2 meses depois tava todo mundo enjoado... Mas no carnaval de 95 as músicas foram muito bem aceitas nos trios elétricos baianos.

O que aconteceu depois todo mundo sabe e não é objetivo desse blog lembrar e até hoje muita gente ainda comenta onde eles teriam chegado se a tragédia não tivesse ocorrido.

E você, curtiu o Mamonas?

Abraço!

Tchê

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Novelas dos Anos 90

Vocês devem ter estranhado o título dessa postagem, mas essa semana me deu vontade de falar sobre as novelas que marcaram os anos 90.

Para ser sincero, não sou muito chegado em novela. Pra mim a história é sempre a mesma: uma família rica, dona de uma grande empresa em que ninguém trabalha (mas entra e sai à vontade), um grupo querendo roubar a fortuna dessa e aquele pessoal do núcleo pobre que é lascado, mas é feliz!

Entretanto a década de 90 foi especial para o teledramaturgismo (nem eu acreditava que poderia escrever isso!).

A década começou com uma pérola: Rainha da Sucata.

Um clássico! Certamente foi a primeira novela que assisti um final, principalmente por causa da D. Armênia. Acho que alguma relação familiar me causou essa admiração.... E ainda tem aquela cena da Maria do Carmo em cima do prédio, duvido que saia da memória de alguém!

Essa década ainda teve outros "clássicos", ou você não lembra de Vamp, O Dono do Mundo, Perigosas Peruas, Pedra Sobre Pedra, Renascer, Mulheres de Areia (que tinha Ruth e Rachel e o muito simpático Tonho da Lua), Tropicaliente, Salsa e Merengue, entre muitas outras que fizeram sucesso.

Mas nada se compara a novela O Rei do Gado.
Foi um sucesso estrondoso! Conseguiu envolver todos num clima de campo que nós moradores das grandes cidades imaginamos ser o ambiente ideal para aliviar o stress; sem disputas, competições, poluição e mazelas da diferença social que os grandes centros urbanos produzem.
Mas não é sobre isso que gostaria de falar nessa postagem...
A novela é igual no país inteiro, certo? Errado. Na Bahia é diferente!
Nessa época, era comum durante a semana as pessoas saírem de casa para a balada somente após a novela. E não eram só as mulheres não. Tinha muito marmanjo que só ia pra night depois que subia o letreiro do final do capítulo e ainda era muito fácil ver festas que só começavam o som ao vivo 1/2 hora depois de acabar a novela.
Mas o que mais me impressionou foi o último capítulo da novela O Rei do Gado. As ruas vazias pouco mais de 1h antes da novela começar, a galera reunida nas casas para assistir ao último capítulo, no esquema: cabeça traz a cachaça e o cabelo o limão, cada um traz uma caixa de cerveja e um tira-gosto... É final de novela na Bahia era assim!
Depois do Rei do Gado ainda teve: Zazá, Torre de Babel, A Indomada, Terra Nostra, entre outras, mas nenhuma delas foi capaz de superar O Rei do Gado.
Como disse anteriormente, eu não assisti e não assito novela... Are, Baba!
E você?
Abraço!
Tchê

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Semana Santa no Pedras do Rio

Esse momento de aproximação da Páscoa me motivou a escrever sobre um dos programas prediletos nos feriados da semana santa da década passada: Feriadão no Condomínio Pedras do Rio.

Previamente peço desculpas pelo caráter egoísta dessa postagem, já que foram poucos que viveram essa experiência Shamanica-transcendental, se é que isso existe de fato...

O rio Joanes limita os municípios de Camaçari e Lauro de Freitas e as praias de Buraquinho e Buscavida na sua foz. Os manguezais do seu estuário são considerados relevantes no contexto da região do Litoral Norte da Bahia, sejam pela sua tendência ao desenvolvimento do turismo, pela expansão imobiliária ou pela garantia da manutenção de espécies como os peixes robalo e tainha ou crustáceos como caranguejos, guaiamus e siris.

À margem direita desse importante rio encontra-se o condomínio Pedras do Rio, um condomínio muito simpático e calmo que de vez em quando tinha sua tranquilidade abalada pela presença de uma galera que embalava a bebedeira ao som de muito rock n'roll.

A programação era a seguinte: véspera de feriado e a galera se encontrava em Itapuã para pegar uma kombi com destino à Lauro de Freitas. Mochila nas costas, caixas de cerveja na mão dividindo espaço com a sacola com mantimentos para sobreviver alguns dias, som portátil, isopor com carne para o churrasco e por aí vai...

Uma confusão da porra! Uns chegavam mais cedo e organizavam a casa - entende-se por organizar reservar uma cama e colocar a ceva no freezer. Quem chegava depois pegava a pior cama, mas já encontrava a birita em ponto de bala!

Eram dias muito intensos e acredito que alguém tenha criado a idéia de reality show a partir dessa experiência trash vivida por nós.

Rolava de tudo!

Certa vez, estávamos fazendo um churrasco num grelha aberta durante uma noite depois de um dia inteiro de birita e um dos caras pediu para a mina que estava mais perto virar a carne. Claro que o grau de compreensão naquela hora era muito baixo e nossos últimos pedaços de carne não enlatada foram pro carvão no momento em que ela virou a grelha e não as carnes individualmente. Resultado? Biscoito cream cracker com atum pra todo mundo.

Numa das aventuras mais perigosas, 3 malucos sairam num bote a remar pelo rio e esqueceram que estavam a favor da correnteza. Quase foram parar no mar, mas por sorte uma pessoa mais bem localizada na escala social passou com uma lancha a motor e jogou uma corda a fim de dar uma carona aos bebuns que estavam à deriva. Claro que isso não deu certo... O bote quase se espatifou numa das colunas da ponte que liga as duas margens.

A pior de todas foi uma conversa à beira do rio numa dessas noites insanas que fechavam um dia tão ou mais insano. Estávamos em grupo conversando no fundo da casa, que ficava à margem do rio, quando olhando o mato do outro lado da margem alguém perdeu a oportunidade de ficar quieto e lançou:

'-Acho que ali na frente é Itaparica.'

Começou uma discussão sem fim. Uns poucos diziam que ali não podia ser Itaparica enquanto a maioria concordava (é verdade e prefiro acreditar que era para alimentar a viagem coletiva!) até que veio o inesperado... Não, não foi um ferry boat cruzando o rio Joanes, mas a consciência de uma das meninas que foi passar o fim de semana por lá escondida dos pais:

'-É melhor eu sair daqui, pois meus pais estão na ilha e se me verem aqui eu me lasco!'

E saiu andando em direção a casa sob o olhar atônito de todos.

Em outro episódio, saiu todo mundo de casa e ninguém pegou a chave. Quando voltamos começamos a testar todas as janelas e portas para ver se alguma tinha ficado aberta. Como éramos muito previdentes com o material que deixávamos em casa (cerveja, feijoada e kitute em lata, etc) obviamente que deixamos tudo bem fechado. Tentamos de tudo, voamos sobre janelas, passamos cartão de crédito (na verdade era de telefone) na porta até que veio a idéia de usarmos uma vassoura para abrir a porta pelo basculante da cozinha.
Não foi fácil. Passamos uns 20 minutos nos espremendo para alcançar a maçaneta, já que a distância era grande.

Quando conseguimos abrir a porta da cozinha.... CATAPLAM!

A porta da sala estava quebrada ao meio, pois alguém resolveu arrombar a porta da frente enquanto abríamos a do fundo.

Nem preciso dizer que nossa carreira em Pedras do Rio acabou aí, mas várias lembranças ficaram dessas aventuras.

Ainda teve violão quebrado, bolo de ervas finas, pirâmide de lata e muito mais!

Abraço!

Tchê

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ensaio do Gera Samba no Espanhol

Esse era um evento imperdível para a galera colegial e mais amadurecida nos anos 90.

O ensaio do Gera Samba foi um dos percursores da domingueira da cidade.

Antes da fama, os ensaios aconteciam na Federação, em algum desses lugares que até hoje tem função dupla na cidade: de dia é estacionamento e à noite vira um 'cacete armado' (essa é uma das expressões mais baianas que eu conheço!) para alguma banda desconhecida, ou não!, arranhar o cavaquinho e o dono vender algumas cevas...

O Gera Samba foi formado em 1992 com dez músicos. Por favor, olhem nesse quadro ao lado (extraído do Wikipedia) a função do Jacaré... Alguém me bate um abacate, por favor!!

O grupo passou por algumas transformações ao longo do tempo. No início o Gera Samba mantinha um estilo frouxo de pagode tendo como uma de suas músicas mais famosas da época "A Cordinha".

Mais tarde, o grupo teve que passar pelas primeiras transformações. Um delas é o fato de surgir uma nova manifestação de pagode, um estilo próprio da 2ª geração do pagode, de grupos como Gera Samba tendo como a música mais famosa "É o Tchan" de 1996.

Em 1995, houve a primeira cisão do grupo. Dois músicos saíram do Gera e fundaram outro grupo, o Terra Samba.

Em 1997, ocorreu a segunda cisão. Parte do Gera Samba se tornou um grupo de samba com axé, que devido ao sucesso do albúm de 1996, passou a se chamar É o Tchan!.

Mas voltemos ao tema...

A movimentação na frente do Clube Espanhol começava cedo. Há 15 anos atrás, festa no domingo acabava 22h! Nada parecido com o Alto do Andú nos tempos de pescaria atual....

Não lembro ao certo o horário que começava, mas acredito que 18h já estava todo mundo lá dentro com o couro comendo (não acredito que estou dizendo isso do Gera Samba!). A maioria dos caras ia direto da praia para continuar biritando no posto ao lado.

Mas a mulherada não! Elas passavam em casa, tomavam banho e colocavam a bermuda jeans da DIMPUS para depois ir...

Lá dentro era um Deus nos acuda, como toda festa naquele pico. Estrutura de bares e banheiros ruins, gente se espremendo lá e outro tanto segurando corda, barbante, pedaço de papel ou qualquer outra coisa que pudesse simular a cordinha quando era executada a famigerada 'Dança da Cordinha'.

Relembrando:

Essa é a nova onda
Que eu vou lhe ensinar
Por debaixo da cordinha
Você vai ter que passar

Remexendo assim com o Gera
A menina e o rapaz
É o bicho da cara preta
Mostrando como é que faz

Passa gordão
Passa magrinha
Quero ver você passar
Por debaixo da cordinha

Depois o Gera virou O Tchan! e se tornou um fenômeno de mídia.

Lançou Carla Perez e Débora Brasil ao estrelato (sic! Essa foi foda...) e acabou como tudo que não tem consistência e se torna mais uma moda passageira com data de validade muito próxima de expirar.

Mas se engana quem pensa que sua importância tenha sido reduzida.
O Gera Samba, depois É o Tchan! lançou um novo estilo musical que privilegiava a dança (sensual) e que depois exerceu influencia sobre outras bandas e, especialmente, outros ritmos musicais.

E você, lembra que já nos encontramos no Espanhol??!?

Abraço!

Tchê

segunda-feira, 23 de março de 2009

Quem tem Fé vai de Caminhão...!

Essa é uma postagem que eu queria guardar para as proximidades do festejo da Lavagem do Bonfim, mas a resenha que rolou no happy hour da última 6a feira me estimulou a fazê-la logo, sob pena de perder alguma informação.

"O culto ao Senhor do Bonfim teve origem em 1669, em Setúbal, Portugal. Ainda neste ano o culto chegou ao Brasil, junto com uma cruz de Jesus crucificado. Uma imagem igual à que existe em Portugal chegou à Bahia em 1745 e, em 1754, foi construída a atual Igreja (Basílica) de Nosso Senhor do Bonfim.

Nos cultos afro-católicos, o Senhor do Bonfim é sincretizado com Oxalá, segundo Verger, "sem outra razão aparente senão a de ter ele, nesta cidade, um enorme prestígio e inspirar fervorosa devoção aos habitantes de todas as categorias sociais" (1997: 259). Ocorre também uma aproximação entre a festa católica e a dos cultos afro-brasileiros, as "Águas de Oxalá".

A festa da lavagem é atribuída à promessa de um devoto. Acredita-se que o ritual da lavagem teve origem nos tempos em que os escravos eram obrigados a levar água para lavar as escadarias da Basílica para a festa dos brancos, desde esta época um agradecimento do povo às graças concedidas pelo Senhor do Bonfim. Considera-se o ano de 1804 como o da primeira lavagem oficial."
Fonte: © Fundação Pierre Verger

Isso é história, mas é claro que existe uma resenha para essa tradicional festa baiana...

Na década de 90 o cortejo seguia nos mesmos moldes de hoje, com algumas carroças e seu jegues enfeitados, daí vem a expressão 'mais enfeitado que jegue na Lavagem do Bonfim' dada àqueles que gostam de usar adereços para parecer uma árvore de natal em qualquer época do ano.

Atrás desse cortejo vinham os caminhões...

Isso mesmo, caminhões! Eles saíam em comboio (não dá para chamar uma fila de caminhões de cortejo, né?) e em volta, e na carroceria dos caminhões, a galera se esbaldava ao som de algum trio que estava à frente ou atrás, bebendo uma cerveja entre os goles de vinho de garrafão que era distribuído no caminhão que você havia comprado a camisa.

Um dos tradicionais desse circuito era o Fecundança, tradiconal caminhão nascido nessa lavagem e que acabou tendo uma mal sucedida inserção no mundo carnavalesco da Bara-Ondina.

O circuito era relativamente curto. Os caminhões desciam a Av. Contorno e a maioria deles seguia até retornar na Praça Conde dos Arcos, no Comércio, em frente ao prédio da Associação Comercial da Bahia. Nesse momento, a maioria das pessoas já estava na carroceria esperando ele voltar até o Mercado Modelo para poder tomar o rumo de casa ou da rua do vai-vem na Barra.

Quem trabalhava durante o dia (eu sei que não parece, mas não é feriado nesse dia) se encaminhava para a Barra encontrar a galera que tinha ido pra lavagem, apesar de nunca terem visto lavagem alguma.

O que se via a partir daí era surreal! Depois de encher a cara de vinho de um rótulo - quem conhece vinho não chama de garafa e sim rótulo (sic!) - muito tradiconal em garrafões de 5l, a galera começava a entornar ligante e cerveja. O resultado era um monte bebuns, numa fedentina desgraçada decorrente de um dia inteiro tomando vinho e banho nas águas calmas da Av. Contorno.

Hoje a lavagem é mais light... E para variar, as festas fechadas pipocam no circuito. Mas a tradicional abertura do verão na Bahia nunca perde sua magia.

Abraço!

Tchê

terça-feira, 17 de março de 2009

Baiano Dengoso


Depois do grande sucesso da dança do Rala o Pinto, faremos uma pausa para falrmos sobre mais uma dessas mazelas que os moradores da Bahia tem que enfrentar devido ao descaso dos nossos (lá ele!) governantes.

Hoje eu acordei retado! Ontem, navegando pela rede comecei a pesquisar dados sobre a incidência de dengue na Bahia. Vocês devem estar pensando que eu tô doente (talvez com dengue!), mas não é nada disso. É apenas uma preocupação com as crianças da família, que expostas à incidência do mosquito Aedes aegypti (não podia ter um nome mais escroto esse mosquito FDP!), têm mais risco de sofrerem as piores consequências dessa doença.

E o que o blog tem com isso?

Adivinha quando foi a primeira epidemia de dengue na Bahia, excelência? Exatamente, 1995!

Desde lá, os órgãos sanitaristas desenvolveram um trabalho a fim de evitar nova epidemia na região, entretanto esse trabalho foi abandonado há alguns anos e a dengue voltou. Certamente a prioridade estava na eleição ou aprovação de algum outro projeto mais importante do que a saúde...

Mas o governo baiano atual resolveu essa questão. Criou um programa mais amplo e de maior penetração (literalmente) do que o Bolsa Família no estado.

O Dengue para Todos!

Veja: Atinge rico, pobre ou meieiro... Preto, branco ou japa... Tricolor ou rubro-negro... Mulher, homem ou baitolo.

Só podia ser um oferecimento do governo: te deixa mole, com dor de cabeça e ainda por cima te desidrata até a morte!

Pois é, fiz uma pausa nos assuntos pitorescos para lembrar que precisamos estar atentos ao nosso ambiente para não permitir que os mosquitos e tão pouco os governantes incompetentes se proliferem nessa terra tão especial.

Abraço!

Tchê

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Dança do Rala o Pinto

Depois de receber inúmeros elogios sobre a idéia do blog, me convenci que precisava escrever algo de impacto nessa semana, sob pena de frustrar a expectativa criada por cada um de vocês se não o fizesse.

Passei o fim de semana pensando, entre um copo e outro (e depois mais outros) sobre o que poderia causar esse impacto. Na minha visão tinha que ser algo trash... Algo que nos remetesse aos anos 90 e despertasse um pouco de constrangimento, mesmo que interior, em cada um que viveu naquela época.

Então me surgiu uma idéia: A Dança do Rala o Pinto!

Não sei se em algum tempo houve alguma coisa parecida... Hoje os mais puritanos acham absurda a Dança do Créu, assim como acharam no passado (na mesma década de 90) a dança da garrafa. Vulgar, obscena, uma baixaria!

Provavelmente os mesmos esquecem desse ícone dos anos 90 que faz o créu ou coisa que o valha parecer a dança da galinha...

Esse 'movimento cultural 'foi lançado no auge da rua do 'vai e vem' na Barra. Pra quem não conheceu a rua do 'vai e vem - e ninguém pega ninguém', também conhecida como rua do meio ou Marques de Leão, era onde o ponto de concentração da galera na niaght e simulava uma espécie de passarela do álcool em Salvador.

Os bares locais (teremos muitas postagens sobre eles, mas só para aquecer a memória: Barraroska, Aladim, Ponte de Safena, Tudo no Espeto, etc) diponibilizavam o som para o agito (sic!), alguns com som ao vivo. Os frequentadores ficavam nos bares ou circulando entre as barracas de capeta e caixas de isopor com cerveja e ligante (esse merecerá uma postagem honrosa nesse blog).

Até que um dos bares emitia através de suas caixas de som a senha: 'Vai começar! Vai começar! Vai começar! Vai começar! Vai começar! Vai começar!'

A música de Zé Paulo (onde anda esse sujeito?) começava assim e depois emendava:

E rala o pinto/E tá beleza/ Rala a bundinha/ E tá legal/ No coqueirinho/ Carrinho de mao /E mexa mais /E o boquete

Veja a letra completa em http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/11/135688/

O que se via a partir de então é muito difícil de se descrever... No meio da multidão abriam-se rodas de pessoas e lá no meio tinha um sem-noção (ou sem vergonha) fazendo a coreografia!

Nas reuniões familiares sempre tinha um sobrinho mais soltinho que acabava fazendo a alegria da velharada. E isso se repetia nos churrascos da faculdade, no caruru de santa bárbara, na confraternização de empresas e pasmem: nos bares da cidade!

E você ralou por aí?

Abraço!

Tchê

quarta-feira, 4 de março de 2009

O Impeachment (Renúncia) de Collor

Pois é meus amigos, foi na década de 90 que se iniciou pela primeira vez um processo de impeachment contra um presidente eleito através de eleiçoes diretas.

Fernando Affonso Collor de Mello, carioca, nascido em 12/08/1949, foi o 32º presidente da República Federativa do Brasil, cargo que exerceu de 15/03/1990 a 29/12/1992. Foi também o primeiro presidente eleito por voto direto após o Regime Militar, em 1989.

O governo foi marcado pela implementação do Plano Collor (lembra da Zélia e do confisco da poupança??!), pela abertura do mercado nacional às importações e pelo início do Programa Nacional de Desestatização.

Renunciou ao cargo na tentativa de evitar um processo de impeachment fundamentado em acusações de corrupção. Embora tenha renunciado, Collor (o Caçador de Marajás) teve seus direitos cassados por 8 anos, mas adivinhe; foi eleito novamente para cargo público em 2006, tomando posse como senador por Alagoas em 2007.

É óbvio que não é comentário de história política que vai preencher esse espaço. Não se assuste! Afinal, estamos na Bahia...

Naquela época uma grande mobilização da juventude, apelidada de cara-pintada, tomou conta do país. A televisão mostrava em todos telejornais manifestações pró impeachment que aconteciam simultaneamente nas principais capitais.

É claro que Salvador não poderia ficar atrás e um dia me chamaram para o tal ato político aqui na capital baiana. Os professores liberaram os alunos e o comércio local fechou as portas. A manifestação era uma caminhada que aconteceria do Campo Grande até, claro, a Praça Castro Alves... Isso mesmo, no circuito Osmar! Calma, manifestação na Bahia é assim mesmo.

Saí com um grupo de estudantes do cursinho (como se existisse estudante em cursinho) da Graça em direção ao Campo Grande. Na Vitória paramos numa padaria para comprar uma garrafa de vodka e uma garrafa de Fanta... PQP! Só estudante de cursinho sustentado pelos pais para tomar uma merda dessas.

Começamos a mistura ali mesmo e fomos bebendo Vitória à dentro. Quando chegamos no local da concentração eu já tava tão envolvido no clima do 'ato de cidadania' que quase fui procurar onde era a saída do meu bloco...

O que se viu a partir daí foi incrível! Várias pessoas com pinturas de timbaleiro misturadas aos vendedores e suas caixas de isopor, bandeiras do PT e PC do B e o som do Olodum... Nesse momento eu já tava achando que era a Lavagem do Collor ao invés do impeachment!

Ouvi muito de longe alguém discursando próximo ao teatro, mas a resenha com a galera perto do isopor tava muito melhor. Não esqueça que naquela época se vendia garrafa de 600ml, portanto tinha que beber próximo ao isopor para devolver a garrafa.
Quando o bloco, ou melhor, a passeata saiu cerca de 20% dos 'cara-pintada' soteropolitanos acompanhou. O resto ficou ali mesmo bebendo, olhando a mulherada e marcando alguma coisa pra night.

Depois rolaram outras manifestações, mas aí os professores já estavam ligados na nossa intenção e não liberavam. Até tinha gente que ia pra aula com a cara pintada para aumentar o poder de convencimento, mas isso nunca funcionou.

Collor se foi e voltou, mas cara-pintada mesmo eu só vi novamente no Gueto Square, mas isso é pra outra postagem...

Abraço!

Tchê

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Surgimento do Abadá


Mais um carnaval passou... Os amigos todos vivos, embora bastante sequelados pela maratona alcoólica.

Nesse carnaval, pude notar o quanto depreciadas estão as vestimentas utilizadas pelos blocos e camarotes. O material utilizado parece descartável e o desenho (design para os mais enjoados) de péssimo gosto.
Isso sem falar no tamanho. Há algum tempo tenho reparado na estratégia de redução de custos por parte das agremiações (SIC!) de utilizar um tamanho único. Queria saber de quem foi essa idéia... O tamanho é único, único mesmo, pois ninguém mais no mundo tem o mesmo tamanho para poder vestir essas camisas.

Mas vamos a história do abadá...

Originalmente, o abadá era um tipo de bata ou camisolão branco usado pelos muçulmanos que aqui aportaram como escravos.

A palavra é de origem africana, do yorubá, trazida pelos negros malês para a Bahia.
Assim também é chamada, até hoje, a indumentária dos capoeiristas. É provável que essa bata que servia as orações também vestisse os jogadores da capoeira durante suas rodas. Existe a lenda de que capoeiristas usavam branco como forma de demonstrar suas habilidades: os melhores mestres da capoeira mantinham seus abadás impecáveis depois da luta.
No Carnaval de 1993, o designer Pedrinho Da Rocha, o músico Durval Lelys, da Banda Asa de Águia, e o Bloco Carnavalesco Eva lançaram um novo tipo de fantasia para substituir as antigas mortalhas.

Em homenagem ao Mestre Sena, antigo capoeirista e amigo, o designer batizou a nova fantasia de "abadá" que logo virou sucesso em todo país e terminou por popularizar essa palavra.

Até então a vestimenta utilizada era a mortalha tipo Filhos de Ghandi... Quase uma Burca, era completamente incompatível com o calor e movimentos da música dos anos 90 (imaginem hoje com movimentos como Kuduro e Pagode Favela??!?). Além disso, as mulheres da época, já buscando mostrar maior sensualidade, mandavam os panos para a costureira fazer roupas diferencias.
O problema é que as vezes de uma mortalha saíam 2 ou 3 fantasias tipo short+top.
Resultado: prejuízo para os blocos... Claro que isso acabou muito rápido.

O abadá, além de mais barato se tornou segurança de rentabilidade... Hoje não vejo mais abadás nas ruas, mas sim camisas de um tecido muito ruim e pouquíssima criatividade.
E o carnaval da Bahia já apresentou algumas novidades muito interessantes, como as fantasias do Bloco Cheiro de Amor, hoje restritas à um desenho no abadá (camisa), ou os shorts que acompanhavam o abadá num sacola muito disputada.
Que o carnaval da Bahia anda muito mal frequentado eu não tenho dúvida, mas nada se compara as 'fantasias' atuais...
Abraço!
Tchê

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O BAxVI de Raudinei


A atual fase do Tricolor de Aço nos traz lembranças inesquecíveis da década de 90. Uma década dominada pelo rival, mas marcada por um jogo: decisão do campeonato baiano de 1994.

O jogo foi realizado na saudosa e eterna Fonte Nova. 10 mil Pituaçu's não poderiam ser comparados à boa e velha Fonte... Infelizmente marcada nessa década por uma tragédia que insiste em não sair da lembrança. Aqui, nossa eterna solidariedade aos familiares dos tricolores que nos deixaram naquele dia.

Mas voltemos ao foco! Que jogo! Que adrenalina! Que festa!! Lembro daquele dia como se fosse o jogo do fim de semana passado...

Naquele dia nem fomos pra praia. Era concentração total e a velha dor de barriga de final de campeonato tinha começado na 5a feira anterior à final. PQP! Não se falou em outra coisa na cidade naquela semana. Lembro que o almoço daquele domingo foi pontualmente 1/2 dia. Nem consegui comer direito... Precisava logo de uma gelada na Kombi do Reggae e até corri o risco num churrasquinho cheio de óleo e colorau.

A galera tava insana naquele dia. Alguma coisa me dizia que aquele dia ia ser de festa, mas o vice tinha um time arrumado, acho até que tecnicamente era melhor que o nosso e com certeza o ataque era a arma forte dos 2 times. Veja:

Bahia: Uéslei, Zé Roberto e Marcelo Ramos
Vice: Alex Alves, Dão e Pichetti

O público era de 97.200 pagantes!!! A torcida tricolor era de 70% do estádio, o que se pressupõe que todos os torcedores do vice existentes no planeta estavam lá.

O Bahia chegou na final com a vantagem do empate. O jogo era duríssimo o rival ganhava de 1 x 0 com gol de Dão aos 44 min do 1º tempo. A torcida rival fazia festa gritando ser campeão e calando a imensa maioria tricolor durante o intervalo e todo o 2º tempo. O jogo se aproximava do final aos 40 min do 2º tempo quando o gordinho, tricolor doente que deve sofrer de saudade em SP onde mora hoje, com os olhos cheio de lágrima me disse:

'-Cara, vâmo nessa. Fudeu...'

Nós começamos a descer da superior quando me veio aquela sensação sentida anteriormente na Kombi do Reggae que me fez disparar:

'- O jogo só acaba quando o juiz apita!'

Não dava mais pra voltar para superior, não esqueça eram 97 mil naquele dia!!, então resolvemos descer e nos penduramos no camarote (quem foi que chamou aquilo de camarote??!?), um curral de cerca de arame, quando Raudinei - o predestinado- fez falta em Dourado e o tempo fechou completamente no campo. Tava ficando bom!

Depois da confusão o jogo segue e aos 46 min do 2º tempo... 'quando a bola sobra para o goleiro Jean na intermediária defensiva. Ele chuta para frente. O zagueiro tricolor “Advaldo NBA” disputa pelo alto, leva a melhor, a bola vai para frente e quica. Ela sobra para Souza. O volante dá outro toque de cabeça e acha Raudinei na área. O atacante emenda de primeira, com a perna esquerda, e a bola passa por baixo do corpo do goleiro Roger, estufando as redes' - Do site oficial http://www.esporteclubebahia.com.br/

Eu não sabia se pulava, empurrava a montanha de peludo querendo me abraçar, limpava a cerveja que me acertaram na comemoração ou ria dos policiais que corriam desatinados da frente da torcida do rival para a frente da torcida do Bahia...

Depois disso não vi mais nada, ou melhor, não me lembro de mais nada. A comemoração se estendeu pelas redondezas da Fonte até a Barra, para onde partimos andando... Sim, andando! Era um mar de gente pelo 'circuito' Dique - Centenário - Orla - Farol.

Que saudade da FONTE!! Será que os bons tempos estão voltando...?

Bora BAÊA!!

Abraço!

Tchê

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Academia da Cachaça

Esse foi um lugar especial que existiu em Salvador nos anos 90.

Funcionava no atual hotel Monte Pascoal, na Barra, em frento à praia do Barravento. O pico era muito bem frequentado, apesar de pequeno.

Nos anos 90 nem se comentava na socialização que essa bebida passou há poucos anos.
Até o surgimento das Sagatiba's, Itagibá's, etc cachaça sempre foi sinônimo de chinelagem, mas ali a bebida exigia glamour.

A mulherada se arrumava para fazer um pré-night, óbvio, pois ninguém aguenta passar a noite bebendo cachaça... Pelo menos deveria não aguentar.

Havia muitos rótulos (não é vinho.. é cachaça mesmo!) e das mais variadas regiões do país. O destaque, e mais pedida, era o Coquinho. Uma mistura de aguardente com leite de côco açucarado que descia macio para quiemar forte no estômago.

As marcas mais tradicionais marcavam presença, especialmente as de Salinas: Chico Mineiro, Beija Flor, Havana, entre outras.

O problema era quando o cara se empolgava e começava a provar várias marcas... Aí o pré-night vira 'end-night', pois fazer qualquer coisa depois de umas 5 doses de cachaça é bem mais difícil. Sem contar o bafo de mendigo que dorme em praça que o cara fica!

Depois apareceram outros bares especializados na branquinha, que também pode ser dourada, amarelada, azul, etc, mas que contavam com o mesmo preconceito de ser chamado de cachaçaria, de forma pejorativa, claro.

O interessante é que hoje, com a socialização (quase descriminalização) da cachaça, existem poucos bares com esse apelo e mesmo bares tradicionais não tem uma carta de cachaça para oferecer aos seus clientes. Estão perdendo uma grande oportunidade, pois a cachaça além de aliviar o stress sabe como ninguém abrir o apetite.

Viva a cachaça!

Abraço!

Tchê

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Chico Science na Concha

O grande mestre fez seu primeiro show em Salvador na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.

Não sei ao certo quantos shows mais foram realizados na cidade, mas esse show foi emblemático. Lembro como se fosse hoje!

Era um desses fins de semana que a gente fica sem saco de ir pra praia, por volta das 3h da tarde, e pintaram 2 ingressos para o show de 2 bandas pernambucanas desconhecidas da galera soteropolitana e, muito menos, do Brasil: 'Chico Science e Nação Zumbi' e 'Mundo Livre S.A.' na lendária Concha Acústica do Teatro Castro Alves.

O show começava 17h e o contato com algum camarada tinha que ser pelo telefone fixo (celular nem pensar!), ou seja, tinha que torcer pro brother não ter ido pra praia também e estar de bobeira em casa para poder fazer a convocação.

Pelanka sempre foi um camarda de todas as horas. Bateu vontade de tomar uma ceva 3h da tarde de 4a feira? Era só ligar pro Pelanka que ele topava. Hoje o trabalho impede esse tipo de programação, ou pelo menos deveria...

A conversa foi mais ou menos assim:
'- Pelanka, tá a fim de ver um show de 2 bandas desconhecidas de PE na Concha?'
'- Quem são?'
'- Não sei direito o nome, mas tô com os ingressos na mão'
'- Rapá, deve ser banda de frevo...'
'- Tá fazendo o que?'
'- Tô de bobeira'
'- Então vâmo nessa. Se for porcaria a gente se manda e vai tomar uma ceva em outro lugar'
'- Bora!'

Chegamos lá já com a cabeça feita e encontramos mais umas amigas na arquibancada vazia (aproximadamente 30% de lotação) com a mesma dúvida que estávamos sobre o estilo musical.

Quando começou o show tava todo mundo tava meio jogado na arquibancada, típica posição de que não está muito interessado no que vem pela frente.

Entraram no palco uns caras muito estranhos e o vocalista usava um óculos bem esdrúxulo, mas nada parecido com o párabrisa que vemos em alguns rostos de hoje.

Os tambores começaram a tocar e alguém próximo falou: '- É maracatu!'
Todo mundo continuva largado na arquibancada.
Aí meu brother, entrou uma guitarra por cima das batidas do maracatu e o cara do óculos soltou:

'No caminho é que se vê, a praia melhor pra ficar
Tenho a hora certa pra beber
Uma cerveja antes do almoço é muito bom, pra ficar pensando melhor'

O movimento pareceu combinado... Todo mundo se endireitou na arquibancada para entender melhor o que saía do palco, naquela época ainda sem cobertura.

O resultado final, especialmente na Bahia, não poderia ser outro; o show acabou com todo mundo em êxtase, dançando e comentando com a pessoa do lado: '- Que som de fudê!!'

Depois veio uma banda caribenha que lançou um som meio lambada e que contrastou com o ambiente que rolara até então... Mas nada poderia nos afetar depois do que vimos durante quase duas horas.

Na resenha da saideira o assunto era um só: nascia algo diferente que mudaria a forma de vermos a música nordestina.

E nunca mais conhecemos nada igual... Chico imortal!

Abraço!

Tchê

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Morte da 'Mamãe Sacode'


Poucos notaram, mas a mamãe sacode desapareceu na década de 90. Sua morte fora anunciada antes disso, mas seu desaparecimento aconteceu sem qualquer justificativa a seus admiradores (se é que existiu algum..).

Essa peça tradicional da fantasia carnavalesca da Bahia dividiu espaço com as latas de cerveja na mão dos foliões durante muitos anos.

Funcionava assim: o folião comprava a mortalha, e posteriormente o abadá (será assunto de outras postagens, pois também surgiu na década de 90) e ganhava um kit, que continha além da fantasia, uma mamãe sacode e aqueles folhetos de instruções para o folião que até hoje são muito úteis (local e hora da concetração, trajes, alimentação antes da folia, use camisinha, etc).

Na avenida ela coloria a festa! Bastava o cantor pedir e todo mundo sacudia a mamãe acima da cabeça... Tenho que concordar que gerava um efeito bacana, mas as consequencias eram das piores!

Na maioria das vezes estavam molhadas e quando sacudidas espalhavam por um raio de 5 metros todo o tipo de líquido que estava preso à elas (cerveja, suor, água, lama, mijo, etc)... Muitas eram tiradas do chão depois de serem pisoteadas pela metade do bloco que já avançava por outra esquina do circuito.

Isso quando não lapeava (expressão originalmente baiana) a cara de alguém, o que algumas vezes provocava a irritação compreensível desse alguém. Quantas lentes de contato não ficaram pela avenida por causa das famigeradas mamãe-sacode???!?

Hoje elas não existem mais... Mas isso não quer dizer que as lapeadas deixaram de existir.

A mamãe-sacode foi substituída pelas madeixas com Kolene, que quando acertam a boca chegam a deixá-la dormente!

O coitado fica uma semana sem sentir o gosto de nada... Parece que engoliu uma touca de banho!

Ah.. Depois do Kolene, que saudade da mamãe-sacode!!!

Abraço!

Tchê

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Long Neck


Antes da década de 90 a loira predileta era consumida apenas em garrafas retornáveis de 600 ml ou lata.

Na night era assim: garrafa de 600ml, lata ou chopp, sempre muito raro em Salvador, e tudo rolando nas mesas (ou em volta delas...).
As pequenas garrafas existiam, mas eram de origem importada. Naquela época rolavam por aqui algumas preciosidades, que hoje raramente são encontradas fora de lojas com uma boa seção de importados. Entre as espécies em extinção: Carlsberg, Corona, Heineken, Sol (nem próximo da disponível atualmente), Tecate, Budweiser, Quilmes...
Exatamente no ano de 1992 a Skol lançou a sua versão long neck, para alegria geral da nação admiradora da bebida de todas as épocas e locais.
A noite foi invadida pela novidade e o consumo se ampliou rapidamente entre os adeptos do perfil garrafa na mão e boas idéias na cabeça.
De lá pra cá rolaram algumas invenções: limão na boca da garrafa, cervejas mais leves ou mais fortes, garrafas estilizadas, tampa de rosca, etc. Mas certamente uma das aplicações mais incríveis para esse modelo foi a utilização de balde com gelo para armazená-las na mesa.
Fantástico! Cerveja gelada, de rápido consumo e ao alcance da mão. Mas alguns donos de bares insensíveis ainda insistem em colocar copos para seu consumo...
Long neck é para beber no bico! Pode até colocar aquele guardanapo brega no pescoço da majestade, mas não me venham com copo. A garrafa é apropriada para o consumo diretamente na sua embalagem.
O vidro é mais grosso do que o do copo, ou seja, a troca de calor é menos intensa com o calor (em alguns casos fogo) da mão e, se ela estava no balde com gelo, a embalagem está gelada e o copo, sabichão?
Por isso, mão na massa e aprecie na garrafa mesmo.
Abraço!
Tchê

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mondo

Esse deve ter sido o primeiro pico clean de Salvador...

O Mondo ficava na Sabino Silva, bairro do Jardim Apipema, onde hoje funciona uma academia. Um lugar amplo com várias mesas espalhadas e eventualmente com som ao vivo. Se não estou enganado a música ao vivo começou junto com seu declínio.

Um lugar muito bem decorado, espaçoso e climatizado. O grande destaque estava no banheiro...

Isso mesmo! O que pensar de um bar que o maior destaque é o banheiro??!?

Pra ter uma idéia desse diferencial, as mulheres montavam estratégias para entrar no banheiro masculino; uma entrava e as outras ficavam na porta e não deixavam os marmanjos com vontade de tirar a água do joelho entrar. Tudo para ver... Umas fotos antigas de mulheres peladas e um mictório com espelho!

Exatamente! O lugar de derrubar o chopp e a ceva consumida durante a night era um espelho que corria água (pelo menos nos primeiros dias de funcionamento). Como não tinha separação, era ideal para aqueles caras que ainda não sairam do armário darem uma fiscalizada no instrumento alheio sem ter que virar a cabeça.

Um martírio para os mais envergonhados que acabavam fazendo fila esperando o paredão ficar vazio.

No alto-falante rolava Vinny (onde será que ele foi parar??!?) com sua antológica, de anta mesmo!, Heloísa, mexe a cadeira, que começava assim: "Mexe a cadeira/E bota na beira da sala/Mexe a cadeira/Agora bem na minha cara..." Melhor parar por aqui.

O pico teve vida curta. Nenhum lugar zero a zero desses dura muito tempo na cidade que já teve o Lagoamar! Mas isso é história para outras postagens...

Abraço!

Tchê

sábado, 3 de janeiro de 2009

FELIZ 2009!

Ano novo, vida nova!!

O começo de um novo ano renova a esperança da conquista dos nossos sonhos, mas deve sempre ser lembrado como uma oportunidade de recomeçarmos... De trabalhar mais duro ainda para alcançarmos nossos objetivos e de nos prepararmos para as conquistas.

Seja feliz! Tenha saúde! Valorize a amizade! Lute pelos seus objetivos!

Feliz 2009!

Abraço,

Tchê